As melhores casas e perfumarias da Arquias Cordeiro

AS CASAS DOS LOPES, MARQUES, JURITY, RAYON E PERFUMARIA MEYER

Não é liquidação, mas o tema de hoje não tem como vir separado! Já tivemos posts que mostraram o quanto a Arquias Cordeiro perdeu de seu famoso comércio de 100 anos atrás. O fim dos bondes que paravam na esquina com a Pe. André Moreira, e a gradual queda de pedestres para que os carros e ônibus pudessem passar em velocidade deixaram suas calçadas pequenas (e mal cuidadas) demais para que as lojas dali pudessem manter seu público ou até mesmo se renovarem. Ficam as memórias...

A Casa dos Lopes é a de história mais antiga. Aberta em 1878 no Engenho Novo, o armarinho teve nova loja na Arquias Cordeiro em 1901. Seu crescimento não só trouxe concorrentes, como fez seus donos abrirem novos comércios para aproveitarem ainda mais o crescimento do mercado suburbano para as modas após os anos de Pereira Passos. A Casa Jurity abriu no n⁰ 153, a Casa dos Marques no 155, e a dos Lopes ocupava a grande loja de 157-159 nos anos 20. Com a mudança da numeração das ruas nos anos 30, a Casa dos Lopes passou a ser 285-289

No outro lado da rua, os Lopes abriram a Casa Rayon n⁰ 200 (atualmente 276), que rivalizava com a vizinha Casa Amazonas (n⁰ 198 e atual 274). Enquanto a Amazonas forneceu as chuteiras de Friedenreich para o Sul-Americano da Seleção em 1919, a Rayon forneceu as do time inteiro do Mackenzie em vitória sobre o Vasco em 1920.

A Casa dos Lopes deu lugar às Lojas do Meyer em 1934, enquanto a Casa Jurity passou aos Vieiras de Castro Ltda., que ampliaram seus domínios comprando quase todas as lojas até as escadas do trem. A antiga Marques virou sua loja de chapelaria e sapataria, a Jurity continuou com camisaria e presentes, a Lojas do Meyer (e ex-Lopes) virou sua chique Mundo das Louças. Mas do 291 ao 293, o seu carro-chefe: Perfumaria Meyer. Essa se tornou uma sensação nos subúrbios dos anos 40 em diante, e sua fachada se tornou conhecida das páginas de fotos antigas do nosso bairro através das fotos feitas pelo IBGE nos anos 50 por Tibor Jablonsky na companhia do geógrafo Pedro Geiger.

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