Dr. Archias Cordeiro

DR. ARCHIAS CORDEIRO

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A história do bairro está profundamente ligada a seus moradores médicos, hospitais e pharmacias. Archias E. Cordeiro conseguiu seu grau de médico em 1883 e desde o início demonstrou enorme disposição para clinicar em diferentes locais (foto 4: "A família", 1894; e foto 5), independente do horário e condição social, arcando inclusive com despesas médicas e alimentos em alguns casos. Desde 1884 são observados agradecimentos públicos (foto 2 - Jornal do Commercio) ao incansável médico que residia na rua Imperial (que anos depois recebeu a família Aristides Caire), na calçada do atual Jardim do Meier. Em reportagem ao Diário da Noite, 23/01/1930, o morador Ernesto Peçanha relata que a falta de bondes e tilburis, um cavalo branco era utilizado com rápida prontidão, garantindo contornos épicos ao herói suburbano, que se tornou representante político local depois. Em 1889 é noticiado com pesar o falecimento de seu filho Milton, mas segue sua atividade até falecer "repentinamente" em 27/09/1895, com luto anunciado em diferentes períodicos (Gazeta Suburbana e Brazil-Médico). Assim como Aristides Caire, tamanha dedicação pode ter comprometido a longevidade. Fica a homenagem, e a rua Goyaz foi rebatizada em sua homenagem, com "ch" no nome.

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A rua Archias Cordeiro, com a posterior construção do Jardim, Bombeiros, Quartel da Polícia Assistência Pública, Estação de Bondes, Estação de Trens e Usina da Light, se configura como uma importante centralidade do lazer no bairro. A última foto é uma reportagem sobre o Carnaval de 1922, onde a Archias era fechada entre o "Café Portuense e a Usina" para desfiles em bondes, corsos e batalhas de confetti patrocinadas pelas lojas chiques da rua, apontadas no mapa da penúltima foto, um mapa 3D adaptado. Em verm. é o Cine Mascotte, em verde o Portuense (esq) e Café Sul-Americano (dir) e em laranja algumas lojas citadas, como a Casa Amazonas.