Garden Barboza

GARDEN BARBOSA


Todo bom passante pelas ruas Ana, Manuela, Constança e Grauben Barbosa já se perguntou o quão poderosa essa família deveria ser. Pois nem tanto! Na última década do século XIX os entornos das estações do Engenho de Dentro e Todos os Santos já haviam sido loteados em quarteirões geométricos, como vimos no último post sobre a Villa Thereza (veja as duas plantas de logradouros de 1900). A inauguração da estação do Meyer em 1889 fez os proprietários das terras por onde passava o Caminho de Basílio (e não "Bráulio"! É a atual Silva Rabelo) adotarem a mesma estratégia em 1891. O caminho de Basílio terminava na grande casa de Guilherme Guimarães, cujo jardim tinha sementes e árvores indianas, provavelmente importadas através de uma nobre influência.

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Eram 3 os proprietários das terras: João Rodrigues Teixeira, João Vieira da Silva Borges e José Albuquerque Barbosa. Para atrair mais interessados em seu leilão, nomearam os loteamentos de "Garden Barboza". Existia também a rua Lia Barbosa (reportagem de 1895 sobre o prolongamento da vida), que foi transformada em Amaro Cavalcanti quando posteriormente. A Constança Barbosa era Teixeira (filha de João Rodrigues), mas depois casou-se com um Barbosa. A rua Grauben Barbosa era chamada somente de Graubem, mas não encontrei o motivo da inclusão do sobrenome, ou se era de gato da mesma família.

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No início do século XX o maior movimento de pessoas ficava concentrado no lado da Arquias Cordeiro da via férrea, e o Garden Barbosa ainda era vendido como um espaço de tranquilidade próximo a uma estação recém-inaugurada. Hoje é parte fundamental do eixo viário e boêmio que perpassa a nossa história! Nos próximos posts começaremos abordar especificamente a Estação do Meyer, que deu um nome alemão ao local conhecido como "Perna-de-Pau" até então... Mas isso é assunto "futuro" rs

Rua Lia Barbosa (Amaro Cavalcanti)

Rua Anna Barbosa, 1910