Garagem dos Bondes (Terminal A. Ayres)

GARAGEM DE BONDES E USINA DA LIGHT

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A rua Arquias Cordeiro se convertia no principal trecho de um Meyer que entrava no século XX cheio de modernas novidades. Se alguém olhasse o bairro de cima em 1920, veria uma pequena Times Square da iluminação com gás extra do Jardim do Méier aos finais de semana em meio ao breu do entorno. Entre as ruas Lucidio Lago e Angélica (atual Pe. Andre Moreira), a luz era preferencial pelo alto movimento até tarde da noite. Esse trecho já havia sido a original "Cancela do Perna-de-Pau", e depois passou a ser a passagem sobre os trilhos da estação do Meyer.

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Na Archias Cordeiro, os Bondes que desciam a Ponte Preta faziam a última parada aos pés da rua Frei Fabiano (2ª [1952] e 3ª fotos). Depois, entravam pela lateral do prédio da Usina da Light, que ainda existe e pertence à Secretaria Estadual da Fazenda hoje, depois de pertencer à CTC (4ª foto). Os postes de ferro e um resquício do trilho do bonde ainda podem ser vistos onde é a entrada de um estacionamento.

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Ao fundo, ficava a garagem de Bondes, onde faziam baldeações com as linhas que seguiam para Inhúma, Cachambi, Todos os Santos, Pilares e Cascadura (5ª foto de Augusto Malta em 1921) saindo pela passagem da rua Carolina Méier, até a desativação total nos anos 60 (6ª foto já é da década de 50) se transformando no Terminal Américo Ayres com o Leonel Brizola.

A Usina da Light, além de tensões durante as greves de 1918 (Correio da Manhã, 8ª foto), era ponto de referência dos carnavais, onde as "batalhas de confetti" públicas se concentravam sempre "entre a Confeitaria Moderna (estação antiga de trens) e a Usina da Light (estação de bondes).

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A partir da década de 1910, os posts ficarão mais específicos sobre cada ponto que conferia ao Meyer o brilho das noites, e o barulho dos dias nos subúrbios da Central.