Pedra Negra Campo Clube
PEDRA NEGRA CAMPO CLUBE
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No memorável dia em que o professor Luiz Antônio Simas trocou uma grande ideia para centenas de pessoas ao redor do coreto do Jardim do Méier, lembrou a importância dos antigos clubes de bairro para além das participações esportivas no futebol semi-amador do passado, os clubes como elementos da sociabilidade que singulariza a zona norte do Rio há décadas.
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Mesmo dentre os clubes, há uma diversidade de fins. Existiam os grêmios recreativos, dramáticos, clubes esportivos, sociais... Cada um poderia representar os entrelaçamentos das redes que se fortaleciam do lado de cá da Central. Mas será que todo clube nos subúrbios era um clube suburbano?
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A Serra dos Pretos Forros ainda tinha baixa ocupação no início dos anos 60. A Grajau-Jacarepaguá ainda não era alargada, e as antigas terras da Fazenda São Francisco de Paula, propriedade de Augusto Duque Estrada Meyer até 1884, conservavam o ar bucólico e campestre das encostas que já serviram de aquilombamento séculos antes. Talvez a história também tenha sido um dos atrativos para o banqueiro João Ribeiro de Oliveira e Sousa construir o Pedra Negra Campo Clube, refúgio de uma elite carioca apaixonada por hipismo e atividades ao ar livre.
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Já apareceu "causando na cena clubística" após a fundação em 1964, quando se apresentou Charles Astor, introdutor da cama elástica no Brasil, acrobata e paraquedista famoso. Jantares e eventos diurnos eram capazes de reunir pessoas diversas, de dondocas da zona sul aos moradores locais. Os finais de semana eram movimentados, e os fins de tarde brindavam as agradáveis noites de clima ameno da pequena serra suburbana.
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O Pedra Negra marcou época, mas depois deu lugar à sede campestre do Clube Nevada, embora muita gente continuasse chamando de Pedra Negra. E chamam até hoje, mesmo que esteja sempre envolvida na disputa territorial por sua incontestável posição privilegiada no alto da Camarista #Méier.
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Boa parte dos frequentadores não eram da zona norte, diferente dos clubes mencionados pelo #Simas no coreto. Porém, todos sofrem pela preponderância da cultura de condomínio apontada pelo professor. Saudosos clubes!
