Cachoeiras no Carnaval do Lins

CACHOEIRA GRANDE E CACHOEIRINHA

Seguindo a primeira das sugestões na caixa de perguntas em comemoração aos 500 seguidores, vamos lembrar um pouco da história de uma das vertentes que sempre delimitaram o Grande Méier.

Das encostas da Serra do Matheus até a Serra dos Pretos Forros e Inácio Dias existiam nascentes que somavam na declividade, e originavam os rios Meyer, dos Ciganos (Frangos) e Faria. Na foto 1 vemos estudos que mostravam as possibilidades de captar essa água, que em algumas quedas d'água deram origem ao nome local dos que subiam suas casas de madeira e alvenaria a partir do século XX. Segundo Luiz Antônio Simas, até a abertura da Casa Marcilio Dias (terá um post só para esse edifício no futuro), tudo era Morro da Cachoeira. Depois, o lado direito da Casa passou a ser Cachoeira Grande e o esquerdo, Cachoeirinha. Outros morros nas imediações também se adensaram ao longo dos anos, e fazem parte do "Complexo do Lins".

Nos jornais, as notícias ruins dos morros dos subúrbios chegavam sempre primeiro, e as perseguições eram frequentes aos diversos terreiros que existiam na região, que já foi um grande quilombo. Em 1933, o Carnaval trouxe um outro destaque ao Morro da Cachoeira Grande, com a fundação da Escola de Samba Filhos do Deserto (foto 3 no local da antiga sede), sob o talentoso mestre Zinco. A verde e rosa da bela porta-bandeira cujo nome não achei (foto 6), era apadrinhada pela Mangueira.

Em 1946, parte dos "filhos desérticos" fundam a Flor do Lins na Cachoeirinha (foto 4), e a rivalidade cresceu junto do número de moradores das duas comunidades. O grande Carlos Alberto do Originais do Samba, conhecido também como Mussum dos Trabalhões, é cria da Cachoeirinha, radicado na Mangueira, e tem um painel incrível em sua homenagem no vizinho Morro do Gambá (foto 9 - @negromuro ).

Em 1963, as duas resolveram unir suas forças e criaram a Lins Imperial, nossa escola do Grupo Especial do desfile pós-covid, quando quer que seja. E ela assumiu as instalações da antiga Fundição da família ítalo-linense Cavina.

As demais sugestões da caixa serão vistas no futuro. A lista ainda é bem longa!!

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