Japoema FC da rua Magalhães Couto

OS UNIVERSITÁRIOS DO JAPO(H)EMA FOOTBALL CLUB

Depois que passaram os anos 20, o futebol profissional já se descolava do amador. Mackenzie, Engenho de Dentro e Modesto concentravam as torcidas locais, mas o fim do campo da Dias da Cruz em 1931 (onde hoje é o shopping) deixou a população do Meyer carente de uma praça de sports ou campo no próprio bairro. Em abril de 1931 é fundado o Japoema FC, que arrendou um terreno na rua Magalhães Couto, 84, por 6 anos. Com vestiário, banheiros separados de jogadores e torcida por cerca, o aprazível campo logo tornou o club movimentado no Meyer!

Dentre seus fundadores (e jogadores), haviam maioria de estudantes, desde a Faculdade de Medicina até o Arte e Instrução. Como era algo incomum entre os times suburbanos, logo foi chamado de "Clube Universitário". O que era também incomum era o nome, cuja origem era simplesmente a união das iniciais dos pioneiros. José "Minhoca", Antenor (o "Don Juan"), Pedro (irmão de jogador do Fluminense), Orlandinho (o garçom, foi pro Flu depois), Elisário, Mario (o matador) e Amarildo (o veterano). O fundador, e goleiro, Hélio Ballard ficou de fora, coitado. Tentaram incluir um H mudo em Japohema, mas poucos jornais reproduziam a nova forma. O curioso é que Hélio foi um dos únicos que jogou no time do início ao fim, em 1940.

Se filiou a várias associações para disputar divisões inferiores, e participou profissionalmente da 2ª divisão do Carioca de 1935 e 36, e de torneios abertos de 36 e 37. Mas foi nos campeonatos menores que fez a alegria da torcida alviturquesa. Foi campeão da Sub-liga de 1934 contra o Deodoro AC. Nos campeonatos do Grande Meyer, a diretoria fretava de dois a três ônibus para as caravanas baterem pontos nos campos do River, Sampaio, Andarahy e até um misto do Vasco!

Em 1937, seu contrato de arrendamento do campo da Magalhães Couto acaba. A Dias da Cruz está mais valorizada que nunca, e lá se foi mais uma várzea do Rio. O time passa por uma reformulação, muda a sede para a 24 de maio, 1363 e passa a jogar no campo do time vizinho, o Central AC, na rua Adriano 107. Foram poucos, mas foram simpáticos os anos de Japohema no Méier!

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